“Porton di nos Ilha” subiu à mesa de debate no dia 05 de Novembro, pelas 17 horas, na Biblioteca Nacional. O debate foi moderado por Tito Couto “sobrinho da escritora Mia Couto” e teve como oradores o escritor cabo-verdiano Germano de Almeida e a escritora portuguesa Alexandra Coelho.
Morabeza é um festival do livro que tem decorrido desde o dia 30 de outubro até o dia 05 de novembro. A sessão de encerramento está prevista para às 19 horas e 30 minutos, no Palácio da Cultura Ildo Lobo.
A questão da escravatura foi um “prato cheio” para o debate. Alexandra Coelho fala da forma como as mulheres portuguesas eram deixadas em casa pelos maridos e também as mulheres negras que sofreram violência em massa. “Falo da violação em massa, porque, na condição que aquelas mulheres se encontravam, não estavam na posição de recusar, pois aqueles homens tinham poder sobre elas”, explicita.
A escritora parabeniza a força que as mulheres cabo-verdianas mostram hoje, depois do passado sofrido do qual fazem parte. Isso tudo para mostrar que o enfoque dela no debate é nas mulheres negras que, apesar do seu passado, lutaram e hoje são cada vez mais fortes.
Por sua vez, Germano de Almeida que ocupou o outro lado da mesa, fala sobre o período pós independência e a evolução da cultura cabo-verdiana nesse tempo.
“Eu pessoalmente considero que após a independência houve a criação de uma outra perspectiva da cultura cabo-verdiana e que tem sofrido muitas transformações”, relata Germano de Almeida.
Os debatedores falaram de um novo tipo de homem que se veio construir após a independência. A força da mulher cabo-verdiana também foi bastante destacada durante o debate.
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