segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Álcool, a droga líquida

Aparentemente, um líquido como qualquer outro. Dependendo do tipo, pode ter outra cor, outro sabor, diferentes preços e são feitos para todos os gostos. É um dos líquidos mais vendidos no mundo todo.
Por um lado, os produtores e vendedores, têm lucro com a produção e a venda; por outro, os consumidores saem a perder. Quem são os culpados? Não se sabe. Os produtores e os vendedores só estão a fazer o seu trabalho. Trabalho! Algo que tem entrado em extinção no país. Também, não se pode esquecer que ninguém é obrigado a comprar nada. Mas... seria justo culpar os consumidores do álcool, nomeadamente os alcoólatras? Talvez não. Esses são reféns da dependência que os prende e os embala de tal forma, que não conseguem enxergar-se como presos.

As percepções sobre o problema do alcoolismo são variadas, mas há uma opinião que, com certeza, todos compartilham: as consequências do álcool são terríveis. Destampa-se a garrafa e o estrago começa. Constantemente, famílias são destruídas, há casos de guerras e assassinatos, de entre outros problemas, e a maioria tem algo em comum: a ação camuflada do álcool.  
O mais engraçado é que não se pode dizer que é gostoso, pelo contrário, é bastante amargo e forte. Até quem gosta diz isso. Desta forma, torna-se pertinente a seguinte pergunta: porque é que, mesmo sendo amargo, muitas pessoas são viciadas no álcool? A resposta para esta pergunta é porque o álcool é uma droga e, como toda droga, torna a pessoa dependente. Assim como a cocaína, a heroína, o craque, o cigarro e outras drogas, o álcool é extremamente prejudicial à saúde das pessoas quando é ingerida em excesso. Este não é nenhum facto desconhecido, pois, todos sabem dos problemas que o líquido provoca. Mas, como sempre, o alcoólatra ou o iniciante, começa por dizer esta frase “eu bebo pouco, sei me controlar e não vou me viciar”. Portanto, se você costuma beber e as pessoas o alertam e está constantemente a repetir esta frase, cuidado para não estar a caminhar para o abismo desse mal social.
Não pense que as pessoas que começaram a consumir imaginavam que ficariam viciadas, não pense que os alcoólatras escolheram ser assim e não caia na ilusão de que existe algum super-herói que consegue controlar facilmente algum tipo de dependência.
Pedir às pessoas para que não consumam álcool é perda de tempo e é desnecessário, mas pedir para que não exagerem e que sejam conscientes dos seus males é um ato de amor ao próximo. Não deixe que o álcool lhe vença! Mostre que você é mais forte e controle-o ao invés de deixar que ele o controle. Não entre para a estatística de pessoas viciadas em álcool, os números já são bem altos e não precisam subir mais.
Por: Ivanilda Cabral

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